sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não haverá Luz


Sob altares, sob pilastras de terra, sob grande teto de vidro negro.
Sobre madeira, sob punições, sobre mares, sobre rezas!
De contorno mau traçado a idolatria nasce, de grandes cinzas o pecado surge!
Pigmentos negros, ressecados sobre pano vinho; se santa essa ceia é idolatrado meu ego será!
 Murmúrios de magia antiga, suspiros de estranhos em fogo ardente escuro como o negro do espaço!
Robusto homem, com olhos malignos e sofridos; seus contornos de magia suplicam por sangue de besta virgem.
A lástima
A angustia
A dor
O ódio
A ressureição ascendida de um deus podre que domina o eu, e o futuro do mundo de ouro!
Eis em nossa frente os altares medievais das igrejas apostólicas que se afogam em súbita ilusão de ter bom coração!

Maicou Rangel

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