segunda-feira, 5 de março de 2012

No vazio da escuridão

Meus nomes já foram muitos!
Minha vida foi escrita por diversas mãos e redigida por milhares de psicóticos alucinados!
Minha personalidade já foi traçada por mais de cem.
Mas meu mundo, ainda é só meu, e o meu ego quem faz sou eu!
Meu nome real não existe, minha arma correta pode ser muitas, minha forma verdadeira...
Sou aquele que fareja a quilômetros a sua mentira fedida, aquele que enxerga a milhas suas ações envergonhadoras!
Passei por sua porta centenas de vezes, sei que você sentiu meu frio, sei que avistou minha escuridão; pois a levo comigo onde quer que eu vá!
São noites e mais noites em que ando me perdendo na minha própria mágoa, em que ando sumindo em meio a essa depressão.
Tenho a forma de um cão, enraizada é minha pele de toda sua tormenta e sofrimento, meus olhos negros como o vazio do universo soam longe ao teu encontro, meu corpo grande que se compara as grandes montanhas me torna o  mais temido dos demônios; sou seu sonho, posso ser seu sofrimento ou todos os seus pensamentos negativos!
Não me abandone, preciso de ti pra sobreviver; meu nome é Cérbero, o descobri quando encontrei minha razão. Meu pai me criou para ser um guardião e te receber com sutileza e mansidão!
Existem serpentes envoltas a mim, são como filhos sedentos do carisma de um pai. São meus anjos, elas me guardam e me alertam dos sagazes que tentam um escape!
Minha razão não se aplica a emoção, meu motivo não é como o seu; nasci pra ser o mais impiedoso dos demônios!
Já vivo devorando seus sonhos.
No vazio da escuridão, aos cantos, dentro do seu coração, me alimento de toda sua emoção.
Você me torna mais forte, você me cria um monstro sem sorte, mas com um corpo impotente e de grande porte! Faz de mim um ser de sorte.

Maicou Rangel

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