sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sexo




Sexo...

O que durante o sexo é proferido não pode mais ser redigido.
No sexo não sou santo, faço de mim antro...
Não preciso de grandes genitálias, apenas leves cortes de pequenas navalhas.
No sexo gosto do sangue em mim arder, do suor escorrer e da língua a descer...

Em sexo, quero só o sexo...
Deus não existe, o mundo se dissipa, ali não tenho mãe nem família...
Sem motivos para correr e pensar, quero apenas sentir penetrar e com graça ao gozo chegar.
Sou ali desumano, sou ali insano, sou ali profano...

Quero sangue a gotejar, cortes ao meu peito pairar...
Traga até mim o esporro aos olhos, mostre que esperma pode queimar mas em mim é mais que doce; é um patamar.
Homem de graça, homem mulher, homem sem homem, homem sem fé...
Entre o sexo, durante, a caminho e saindo; sou o diabo na fé.

Hoje abominação, no velcro vermelho amolecendo os mamilos com a saliva quero sangue pela leve mordida...
É gemer incessantemente, estar em transe sexo sem a mente.
Quero mais, quero valente, meter e gemer sem temer o consciente...
Sou do sexo, sou doente.

Maicou Rangel

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