domingo, 10 de novembro de 2013
A força do silêncio
Em submundo me julgo desumano e imoral
Poder e retórica aqui nada é normal
Anormal, por muito bipotencial
Vida sem sentido se tornou meu lábio já sem uma moral
Torno meu pescoço alvo da corda que puxa o silêncio do mortal
Contorna meu coração com aperto do desapego carnal
E faz-me sentir o desprezo a esse mundo pequeno e material
E tudo se vai ao sentir o frio das mãos da morte cortar ao meio meu eu animal
Entenderia essa dança, se dela não fosse normal
Mas é pura e natural, onde a Morte é dama que desliza dançante sua foice no carnal
E tudo se faz silêncio em um monótono habitual
É o luto de conhecer a rainha do baile que me leva contigo para dançar por seu casual
E me tornei em silêncio por não entender o amor e sua moral
Ouvir as histórias e viver como igual
Humano fui e rabisquei a vida por ser demônio de belo visual
E escondi-me na solidão por temer, perder ao mundo o único amor a me ter.
Maicou Rangel ~~
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