quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Nossos







Homens, simples, pobres tão tolos...
O que são sentimentos comparados as outras incontáveis curiosidades na vida?
Simples adjetivos ignorados, vividos mas não compreendidos!

Tudo se torna tão banal, e o homem aos poucos torna-se escravo da decadência de sua pobre compreensão! Aquela que sabe mais da ciência e menos do próprio coração...
Hoje me sinto feliz, pois já senti, sofri, perdi, amei, ganhei, olhei, apaixonei, gozei, implorei, precisei, perdoei, me desculpei; e tantas outras coisas que fizeram meu coração estremecer, minha alma arder, minha pele tremer!

Digo então, não ignore o mais simples sentimento, ele pode ser tornar um gigante mais a frente; tão valioso quanto todas as riquezas já ganhas.
Sente-se necessitado de abandonar, abandone!
Se sente a necessidade de amar, ame! Se nada for bom aos teus olhos, aprenda com a dor, mas nunca passe vontade, nunca deixe de arriscar.
Essa é a vida, os sentimentos são alguns dos riscos que devemos desbravar.

Humano, não ignore o que é mais belo e simples, não deixe de amar as inúmeras formas do amor...
Apenas sinta, apenas viva; se precisar pedir peça, se precisa falar diga, se precisa implorar implore. Mas não deixe na calada do seu coração a dor de não fazer o que deveria ter feito!

Feridas molhadas fedem e apodrecem, então coloque tudo sob o sol, veja acontecer... Espere, mas faça!
Não ignore teus sentimentos.

Maicou Rangel

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A caminho de Faun




Dia de graça, quando a noite se deita sobre nós, galopamos a caminho...
Viajando estamos para a floresta de Faun.

No auge de seu sono a noite sussurra a hora certa; estamos agora em circulo sobre o fogo.
Com os olhos calados, viajando em pensamentos com mente vazia; a grande mão se estende...

O Fauno grita de longe, estamos agora evocando o deus da floresta nobre, com seus cascos rachados ele toca o chão e galopando feroz ele vem.
A sua majestade é divina, teus chifres curvos e seu cheiro doce indica o poder da imponência, e teu corpo viril, tão plausível exala o despudor no ritual da vida.

Senhor rei, que caia sobre mim com tua aura; e que penetre sob minha pele a agonia de ser um servo da natureza.
O Fauno agora vive em mim!
Toque tua flauta, chame tuas ninfas, vamos agora comemorar; a bebida da vida celebra a morte, as almas daqui nunca partirão.

Maicou Rangel