Eu amei pessoas imaturas de mais para entenderem que o amor se transforma; amei 'erros' que não conseguiram compreender que mesmo no término haviam ali dois seres humanos que dedicaram tempo e abriram espaço em suas vidas para que houvessem todas as circunstâncias, irresponsáveis desentendidos que mesmo breve, a passagem de todos deixam marcas, e que dar adeus exige cuidado...
Amei pessoas que ainda nem descobriram o que é o amor, escolhi amar doses pesadas de vazio e carência, onde nos nossos passeios a minha função não passava de um instrutor, um doador e uma abnegação; eu amei quem não me amou de volta...
Escolhi amar pequenos frascos de inocência, ausência, distância e fome; enquanto a bonança de tudo o que procuravam estavam nos meus braços, e eu continuei amando as pessoas que precisaram de mim, e continuei também preenchendo corações vazios com amor e mentes caladas com traços, cores e vozes...
E em todo esse tempo amando uns e outros compreendo que ainda vou amar e vou errar, mas continuarei redigindo com os traços dourados do destino esse capítulo do meu amor; pois como homem poeta, nasci...
Maicou Rangel P.
