quarta-feira, 25 de abril de 2012

Personificação



Mais do que homens somos sinônimos de desaforo e insatisfação.
Mais que gado somos retórica de toda essa infecção
Um dos lados, meu corpo se ilumina com a abominação.
Por outros brados meu corpo geme em meio a tentação!

Em cima do altar de sangue, minha cabeça gira em contestação.
Com o lustre nas mãos; o homem torce pra que meu corpo reaja a combustão.
Eu, rapaz do mundo insatisfeito com a vida remoendo meu próprio conceito
Sou poeta de uma nova geração, que vai sofrer com a rejeição.
E se deleitar no sexo com o Diabo e toda essa destruição.

Em tua mente sou apenas o construtor da simpatia e convecção.
O engenheiro que faz de tua vida um mundo de consolação
Baseado na cadeia do crente e de sua hipocrisia de incompreensão.

Maicou Rangel

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Longa Distância



Longas
Sondas
Prontas para remoer todas as pontas.

Oval
Transcendental
Cabeça do homem cujo o sonho era ser débil-mental

Perfeito
Sem preceito
Lua, bela e mulher de respeito.

Afago
Agora venho e apago
O grande abraço do pequeno lago.

Amado
Judiado
Homem que um dia foi repudiado e agora rejeitado!

Pouca ação
Falta de nutrição.
Maldita dor, que partiu esse meu coração.


Maicou Rangel!

Mas sou eu




Pise, me faça sangrar; me veja agonizar!
Quando eu me levantar, vou regozijar ao ver tua cabeça rolar.
Com meu sorriso misturado com teu sangue a proclamar minha vitória por me enfrentar.  


Maicou Rangel

quinta-feira, 12 de abril de 2012

12-12-13



Foram as renas mais sombrias que já vira.
Foram os sinos mais amargos que já ouvira.
Fora essa, a data em que minha história começara com o fim.
Foram onde estátuas de anjos caídos reerguiam suas asas, e proferiam suas espadas em meio aos absorvidos.
A locomotiva que o poder já não comandava, agora estaria em estouros.
Gritos, gemidos, socorro, sofrer, malícia, perder, mortes e o padecer.
Mas o bode que gritava meu nome em uma pequena lente da janela ao lado
Se contorcia como homem desnudo, com asas e semblante contente.

Doze do doze, onde o mundo morreu com os animais da religião.
Onde minha contentação, foi ao ver os crentes morrendo com sua infecção.
Deus deste mundo cão, abandonou nossa causa e nos jogou a putrefação.
Em todos os andares havia prédios em destruição.

Torne a mim a culpa de matar a nação.
Meu profeta diário agora é somente escrever vendo toda esse desnutrição.
Assistir como autor essa propaganda de dominação.
Onde o dinheiro já não vale o mais rico pão.
Onde o mundo foi partido em dois, por falta de opção.

Deus rejeitou, e nos jogou a prostituição!
Deus nos matou, e nos deu ao Cão.



Maicou Rangel

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nem todas são mulheres



Garanto o dinheiro pra ter-te como mulher!
Garanto o puteiro pra ver-lhe como quiser.
Não garanto o amor pra lhe doar como puder.
Mas dou-te meu mundo pra me usar quando quiser!

Agora se ajoelhe e faça o que bem entender
Pois com teu corpo quer abusar e vender!
Não dance somente transe.
E faça seu serviço de vadia sem que descanse.

Abusou de meu ego, e meu capital.
Agora vou mostrar que sou o rei, o maioral!
Outrora abuso; seu salário será refeito no anal.
Lamentável; nem todas serão mulheres, por isso a vida continua instável.

E esse pobre mundo envolto de santas de coração inflável.
Beijam a cruz, com sexo e pudor em vossos lábios.
Deitam no colo do padre com fervor e o segredo dos sábios.
Agora façam de mim, um pobre homem lamentável.
Pois o sexo aqui será instável.




Maicou Rangel

domingo, 8 de abril de 2012

As rosas do demônio




Sob as rosas que criei, tens sido a única que aceitei!
Dentre o mundo que comprei, és o único colo que pranteei.
Entre os sonhos que sonhei, foi o mais intimo no qual me afoguei!

Coloque-me sobre teu colo, e faz de mim um garoto solo.
Ensine-me a amar, com teu tamanho patamar quero sofrer e nunca mais voltar!
Com teu seio a me indagar, quero morrer suspenso no ar.
Envolto de um obscuro avermelhado como o sangue dos teus joelhos aleijados.


Maicou Rangel

Um grande vilão



Dos teus lábios comi do sangue
De teus seios fartos me alimentei do desejo
Acabe comigo, me abuse; não me deixe com o bocejo.
Arranque de minha alma cada fio fino do cabelo indesejado da virilha que esfolou em mim!

Acabe com o toque do óbvio, cujo mundo mostrou-se mais relativo ao anormal.
A cada sensação, quando estou contigo tua arma me consola.
Tua pistola me amola, e tua alma me contorna.
Jogue a tinta negra grossa, que provém de seu estômago.

Me torne homem.
Cresci pra ser rei.
Pois nasci com a libido da procura de um gozo anormal.
Me torne superficial e faça de mim um instrumento circunstancial!

Maicou Rangel

Meu Jesus pessoal



Jesus passe por cima de mim com tua cruz!
Use teus pés pra amassar meu crânio, e destruir nosso sonho.
Cristo, use tua tanga ensanguentada, amarre minha boca com a tara mais desbravada.
Entrelace em minha face, teus dedos com realce.

Do vencido, vem à ascensão do caído, e agora prega o livro do perdido!
Senhor, naquela cruz tua insignificância me seduz, e me conduz a citar meu esperma que se torna pus!
Agora vire-se e diga que me salvou.
Pois quero gritar em risos em sua frente com pudor, e lhe dar as costas com fervor.

A minha doença agora se torna carência, de um mundo onde pregam a sentença.
O meu cristo nasceu comigo, e se mantém meu amigo.
Pois agora me salvo com esse abrigo, em meu ego mantenho o castigo de ser eu mesmo.
Sem partido.
Sou eu meu próprio Cristo, eu meu querido salvador que se contém aprendendo em meu mundo de dor.

Maicou Rangel

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tem quem goste



O veludo do velcro negro.
Tem quem goste sem segredo!
A abominação de toda nossa nação vai compartilhar minha vida formada pelo Cão.
O assunto do intelecto de pura relação, agora se materializa em abominação.

O amor passado de família em geração, agora se torna minha vida sem reflexão!
O adorno entorno de meu corpo desnudo, torna teus olhos em medo obscuro!
Os crentes que pranteiam em minha relação, vão morrer com joelhos calejados se afogando na própria oração
Tentando salvar o menino do Diabo, que amassou teu pão!
 
Agora venha ate minha vida e cuspa com rejeição.
Pois meu superior o torna como um ser baixo e de infecção!
Mas, tem quem goste deste podre mundo cão.


Maicou Rangel