segunda-feira, 31 de maio de 2021

Na maioria das vezes




Na maioria das vezes eu quase não tenho o que escrever, eu quase não sei descrever o que escrever pra poder dizer...
Na maioria das vezes eu sinto tantas coisas ao mesmo tempo que chego a pensar em não ser digno de ter alguém comigo pra me compreender...
Na maioria das vezes a minha cabeça sangra de tanto coçar, por tanta dor na alma que  tenho que carregar...
Na maioria das vezes eu me encontro entre a euforia e a disforia, entre a alegria e a intensa depressão por sinergia...
Na maioria das vezes eu só quero gritar, ou só quero chorar, mas ninguém enxerga isso, todos só querem usar, conversar, ouvir e desabafar...
E na maioria das vezes não existe nem mais alma aqui, só dor e mal estar...


Estou tão cansado de tentar, tão exausto de caminhar; e alguns me cobram por me ver desenhar e a nenhum lugar conseguir chegar com tantos dons latentes e estridentes que jogo ao ar...
Mas na maioria das vezes não sou talento, sou puro sofrimento, pura dor sem nenhum firmamento, que soa tão ingrato por ter tantos ao meu lado mas sempre a sós estar.

Na maioria das vezes eu gostaria de não mais orar, e a nenhum deus clamar, pois a depressão conheci por ter que me ajoelhar sobre milhos a rezar...
E em todas as vezes eu só conheci o ardor de desejar a navalha ao meu pescoço cortar por tanto amar e a ninguém alcançar.

Maicou Rangel

sábado, 29 de maio de 2021

Ser tão intenso assim....




 Ser tão intenso assim o que faz de mim?



É tão complicado pensar tantas coisas e não poder viver cada parte delas por completo!
Eu te conheço fazem quatro dias -aproximadamente-, nos vimos três vezes, e cada minuto que passo com você eu me apaixono mais, é muito tenso ler isso, eu sei que soa forte e parece quase sufocante; mas eu vivo isso o tempo todo, é tudo intenso de mais em mim, meus sentimentos, minhas palavras, meu raciocínio, minha forma de ver a vida, minha arte, minha escrita; o que era pra ser uma simples mensagem no whatsapp veja o que esta se tornando... Quase um capítulo da minha vida fraca e medrosa.
Em cada momento contigo eu me apego mais, sinto mais você, cada detalhe que passa pelo meu olhar ao te ver, cada parte do seu corpo que toco, cada sorriso seu, a forma como você  me beija; isso é bom quando estou ao seu lado.
Mas quando você vai em bora eu me cubro de medo, de arrependimento por talvez estar te sufocando, de pânico por talvez ser só mais um 'date' simples, uma ficada ou um suprimento de carência nessa pandemia incessante...
Eu me vejo na dúvida de mandar mensagem ou ficar olhando pra tela do celular esperando por você, só pra não te fazer fugir e pensar "nossa aquele menino é louco, intenso de mais", sim, tudo isso se passa em mim, e eu realmente sou intenso de mais.

Eu tenho medos que poucos entenderiam, eu acredito no amor e na esperança de uma paixão recíproca e duradoura, acredito também que tudo isso pode morrer em mim se eu me ferir de novo, e então involuntariamente vou me afastando por medo, não me permitindo viver esse momento vagarosamente... mas eu não queria isso!
Eu queria ser simples, tranquilo e até inconsequente, gostaria de viver só o presente sem temer o futuro, mas uma chama poderosa e gigante existe em mim...
Eu luto contra essa intensidade a anos, mas eu parei de suprimi-la e devo aceita-la e  compreende-la; saber no mais profundo do meu saber que sou amor, sou luz, e preciso preservar isso em mim.

Enfim...
Eu tenho gostado de você!
E eu tenho medo disso, pois sei que você não é de muitas palavras e gosta de sentir e viver o momento, mas meu medo de te decepcionar com toda a minha autentica intensidade também pulsa assim; vivo em mim.


Maicou Rangel