sexta-feira, 31 de julho de 2015

Soul




Entorpecida, agredida, restringida, umedecida, intocada, destruída, comida, usada, focada, amada, retalhada...
Alma estuprada, queimada pelas chamas faiscantes que relampeiam da caldeira do inferno; pequenas são as centelhas que ainda me valem a vida.

Estupidas e despidas são as penadas almas que assombram meus caminhos, acabados são seus fins...
Amargurada caminhando estou, sob pés quebrados, braços retorcidos e consumida pela fome que destrói.

E branca, pois a morte soa assim, alva e gélida...
Minha pele já não mais sente, o sangue não mais chora e forças já não existem, agora em fim conhecerei o descanso, posso padecer e levar o ódio, então vejo o que somos; apenas carne sem valor na balança da vida humana.

Maicou Rangel​

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Minha Cruzada




Cruzando mares, a vida nos reserva...
Ela simplesmente nos reserva!

O que somos, quem somos, porque somos; são incógnitas que nos questionam quando questionamos os acontecimentos...
Nessas estradas de nuvens negras e sóis incandescentes cruzamos lutas em cruzadas de vida.

Conhecemos o conhecer e apontamos os que nos apontam...
Viver é ternura, e ternura é sentir as dores que nos foram reservadas...
A morte é nada mais que um anjo que cruzará, cruzará os milhões de milhares que na vida há.

Poupe-se!

Traço com passos um matagal errante, onde seres me deparam ao anoitecer e amanhecer, sentindo apenas, o doce conhecimento...
Conhecimento para com a humanidade que levarei durante a curta vida que levar

Maicou Rangel