sexta-feira, 31 de maio de 2013

A ti alcançar






Não consigo tocar o céu
Só esta minha mão a revolutear pelos ares procurando firmeza na imensidão azul
Não encontro ao menos o véu
Aquele que pode separar a pureza da destruição

Não chego ao seu coração
Procuro no ar o sentimento que puro dele provém, ou ai já não mais há?
Desejo tocar, e sua face estou a procurar
Meu sono já não mais vira, a angústia o partiu pra nunca mais voltar.

Ando calejado pela imensidão, mesmo a faca que cerra tem negado meu coração.
E sem a coragem só o desejo a amar-me sem correção
Venha sozinho, não consigo respirar sem sua ofegação
Quero sentir sua vida a aquecer minha sofrida ambição

Acompanho ate o mar a mais doce brisa a seu procurar
E dali não consegue mais parar
Suposto é o imposto que brotou o amor por ti em meu coração, e não estará a parar.
Pois o mundo só se completara quando comigo seu coração cessar e nunca mais a outro amar.

Maicou Rangel

sábado, 18 de maio de 2013

Grito no Silêncio




                                                                        Maicou Rangel

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O amigo sem leito






A mente confundida pelo erro
Confunde o humano por mais qualquer enterro
Seja humano ou por enredo
O mundo sempre anda com as palavras sem seus erros
E o homem a cada dia vai a seu próprio enterro.

Somos idênticos em sentimentos e apegos
Mas amigos jamais esquecem os abraços sem tê-los
Cansei-me de ser homem sem peitos
O que ha em mim são parasitas com pelos
E o que matou-me foi seu erro.

Dei-me a ti sem tê-lo
E agora só vejo em mim os pesadelos
Apodrecido no caixão sem poder vê-lo
Meu doce irmão não me deixe sem leito
Sou e fui amigo, e agora só quero seu curto amor sem prendê-lo.

Ajude-me aqui
Pois minha vida esgotou-se como um selo
Agora a ti recorro
Dai-me seu socorro
Pois sem vida aqui eu morro.

Maicou Rangel


domingo, 5 de maio de 2013

A Rainha morta





A morte não se veste com o veludo negro...
O vermelho rubro puxa suas vestes de seu crânio aos ossos dos pés
E com seu cavalo branco ela se torna a mais bela dama do baile

Pois sua foice como no balé desliza fina e suave sobre as almas moribundas
E o mundo ajoelha-se a seu sublime poder
Dança como rainha em seu baile dado, e deixa o salão com a graça de um deus.

Assim somos o belo de um mundo que se afoga em meio a podridão
E com os olhos da procura e do porque vemos a vida como uma grande dúvida
Pois não sabemos quão grande é o tempo e quantas são as portas

E dessa vida levaremos apenas o não sei dizer
Pois ninguém volta pra se quer contar como é o reinado da morte
E como seriamos escravos de sua majestade

Maicou Rangel