quinta-feira, 12 de abril de 2012

12-12-13



Foram as renas mais sombrias que já vira.
Foram os sinos mais amargos que já ouvira.
Fora essa, a data em que minha história começara com o fim.
Foram onde estátuas de anjos caídos reerguiam suas asas, e proferiam suas espadas em meio aos absorvidos.
A locomotiva que o poder já não comandava, agora estaria em estouros.
Gritos, gemidos, socorro, sofrer, malícia, perder, mortes e o padecer.
Mas o bode que gritava meu nome em uma pequena lente da janela ao lado
Se contorcia como homem desnudo, com asas e semblante contente.

Doze do doze, onde o mundo morreu com os animais da religião.
Onde minha contentação, foi ao ver os crentes morrendo com sua infecção.
Deus deste mundo cão, abandonou nossa causa e nos jogou a putrefação.
Em todos os andares havia prédios em destruição.

Torne a mim a culpa de matar a nação.
Meu profeta diário agora é somente escrever vendo toda esse desnutrição.
Assistir como autor essa propaganda de dominação.
Onde o dinheiro já não vale o mais rico pão.
Onde o mundo foi partido em dois, por falta de opção.

Deus rejeitou, e nos jogou a prostituição!
Deus nos matou, e nos deu ao Cão.



Maicou Rangel

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