domingo, 5 de maio de 2013

A Rainha morta





A morte não se veste com o veludo negro...
O vermelho rubro puxa suas vestes de seu crânio aos ossos dos pés
E com seu cavalo branco ela se torna a mais bela dama do baile

Pois sua foice como no balé desliza fina e suave sobre as almas moribundas
E o mundo ajoelha-se a seu sublime poder
Dança como rainha em seu baile dado, e deixa o salão com a graça de um deus.

Assim somos o belo de um mundo que se afoga em meio a podridão
E com os olhos da procura e do porque vemos a vida como uma grande dúvida
Pois não sabemos quão grande é o tempo e quantas são as portas

E dessa vida levaremos apenas o não sei dizer
Pois ninguém volta pra se quer contar como é o reinado da morte
E como seriamos escravos de sua majestade

Maicou Rangel

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