segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Marie ascendeu




Marie...
Morta menina, dama partida.
Solstício, a lua nascia nascida, o céu era puro preto.
E do preto puro Marie acendia, com faíscas o fogo ecoava belo...
Sândalo e mirra no barro fervia, aroma partia sua alma esvaía.

Marie...
Ascendeu ao luar, o olhar era alvo...
Rodando e pairando ylang-ylang a levou, tornou-se uma só no ventre da terra
Ylang-ylang que por sua pele brilhou, secando ao calor do fogo que avivava tua alma; Marie de tua alma desapegou...

No mundo sombrio, pisadas quentes e ferro fervente
O inferno tocou!
Ao Seol comandou, Marie ao grande deus encontrou, Lúcifer com asas pulsantes teus olhos inclinou
O mundo não há, tua alma não mais, o Diabo a amou.

Maicou Rangel

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