segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Trópicos do pecado




Sentia a mim tocar o mato macio que estava sob meu pisar
Corria a mim por agradar leões e vespas para apenas ouvir meu som de ninar
A pura inocência cobria o ar.
Era puro todo aquele mundo verde e iluminado sem a maldição de pecar
Caminhava nua exibindo todo meu corpo sem nada a o tocar

Passeando sobre as águas como o chão firmado nesta terra sob um sistema solar
Avistava um animal estranho sem pernas para não poder se firmar
E brilhante era tua pele, profundo teu olhar e venenoso teu simples farejar
Senti a mim aproximar...

Uma vento frio e pouco; cobria meus pés, até a minha espinha assolar
Ouvir a serpente a cochichar, pediu minhas mãos, prometendo-me fazer sonhar
Tua calda resfriava meus dedos pedindo para ali me alimentar sem se quer contestar
O qual foi criado sobre minhas mãos sem se quer aparentar; fruto vermelho como sangue a gotejar

Meus lábios ao tocar, enrijeceram como folhas velhas sob o sol a queimar
Meu coração parou ao sentir uma alma em mim se criar
E a dor da batida ao chão, senti ao me levantar, em meio a um deserto onde agora seria meu lar
Montanhas evoluíam, tornavam-se blocos grandes cimentados com destruição e fobia

E eu já não me via, não mais sentia, apenas aos poucos morreria
Do pecado eu conhecia, com a prostituição apodrecia; Deus já não mais existiria
Senti o que chamavam de fobia, conheci o medo e toda sua cria
Nesse mundo o Diabo se mantinha; meu pai, meu único guia...

Vestia-me do vermelho, por daquele fruto lembrar, ele trouxe a mim um lar
As desilusões de amar, se apaixonar e sofrer com a dor desconhecida que habita agora neste impuro ar...
Desconheço meus sonhos, agora apenas me envergonho; mas vive o sexo em mim e do sexo vivo assim
Encontrei a destruição, mantive nesta nação toda essa relação de não haver mais nenhuma salvação, estamos sob pura perdição...

Maicou Rangel

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